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The Islamic Bulletin
O Sentido da Vida
O Sentido Da Vida
mento cultural, é muito difícil encontrar pessoas que
sejam capazes de reservar um momento para pen-
sar. Para pensar acerca da vida objectivamente, para
tentar chegar à verdade acerca deste mundo e do
sentido real das nossas vidas. Infelizmente, quando
perguntamos à maioria das pessoas “Qual é o sentido
da sua vida?”, que é uma questão tão fundamental e
importante, não nos dirão o que concluíram através
de observações ou raciocínio analítico. Na maior parte
dos casos, certamente nos dirão o que outro alguém
disse... Ou então nos dirão o que normalmente é
assumido por outras pessoas. O que disse o meu pai
sobre o sentido da vida, ou o que o pastor da minha
igreja disse sobre o sentido da vida, o que disse o meu
professor, o que disse o meu amigo...
Se perguntar a qualquer pessoa “Por que razão
come?”, a maior parte das pessoas responderá, de
uma maneira ou de outra: “É para alimentar-me!”.
Porque a alimentação é o que mantém a vida... Se
perguntar a qualquer pessoa “Por que razão tra-
balha?”, dirá que isso é necessário para que possa se
sustentar e garantir as necessidades da sua família. Se
perguntar a qualquer pessoa “Por que razão dorme?”,
“Por que razão toma banho?”, “Por que razão se
veste?”, etc., responderá: “Estas são necessidades co-
muns a todos os seres humanos”. Podemos seguir esta
linha de questões com centenas de outras perguntas
e receber sempre a mesma resposta, ou outra semel-
hante, de qualquer pessoa, em qualquer idioma, em
qualquer parte do mundo, simplesmente! “A que se
deve, então, o fato de que, sempre que perguntamos:
Qual é o sentido da vida? recebemos tantas respostas
tão diferentes?”. Isso é porque as pessoas estão con-
fundidas e realmente não o sabem. Estão a tropeçar
no escuro. E, em vez de dizerem, “Eu não sei”,
limitam-se a apresentar qualquer resposta que tenham
sido programadas para dar a esta questão.
Pensemos melhor acerca disto. Será o sentido
da nossa vida neste mundo apenas comer, dormir,
vestir, trabalhar, adquirir alguns bens materiais e diver-
tir-nos? É este o nosso propósito? Por que razão nasc-
emos? Qual é o objetivo da nossa existência, e qual é
a sabedoria que está por trás da criação do homem e
deste tremendo universo? Pensem nesta questão!
Algumas pessoas afirmarão que não existe
prova de qualquer origem divina, que não há prova
de que Deus existe, que não há prova de que este
universo surgiu de um propósito divino. Há pessoas
que têm esta crença – e dizem que talvez este mun-
do tenha surgido por acaso. Um “big bang” deu-se e
todo este grande mundo, com todos os seus detalhes
orquestrados, ficou composto. E dirão que a vida não
tem um sentido definitivo e que não há nada que
possa ser demonstrado através da lógica ou da ciên-
cia sobre a existência de Deus, ou de razão divina na
base da criação deste mundo.
A este propósito, gostaria de mencionar alguns
Sinto-me muito honrado por ter esta opor-
tunidade de me dirigir a vocês, hoje, nesta ocasião.
E quero dizer que isto não é um sermão… não
creio que esteja preparado para dar um sermão.
Mas é uma espécie de conselhos para mim mes-
mo. Isto porque é como se me visse a mim mesmo
sentado nessas cadeiras, à minha frente. Há apenas
alguns dias, há apenas alguns anos, há apenas algum
tempo, eu estava sentado numa cadeira precisa-
mente onde vocês estão. Cristão, não muçulmano,
qualquer que seja a nacionalidade – não importa.
Um ser humano que não estava consciente do Islam.
E nessa altura, em particular, eu era alguém que não
compreendia realmente o sentido da vida!
E, assim, peço-vos que pensem acerca
daquilo que estou prestes a dizer-vos apenas como
informação e conselhos – não como um sermão.
A informação que desejo partilhar convosco pode
parecer um pouco extensa demais. Quando se con-
sidera a capacidade do cérebro humano e a quanti-
dade de informação que pode armazenar e decifrar,
então há a considerar que, com as poucas páginas
de informação que hoje vos trago, seguramente não
vos irei sobrecarregar.
É minha responsabilidade abordar os tópicos
da nossa discussão de hoje: “Qual é o sentido da
nossa vida?”, e também a questão: “O que sabem
acerca do Islam?”. O meu ponto é: o que vocês
sabem realmente sobre o Islam? Não aquilo que
ouviram acerca do Islam, nem aquilo que viram em
condutas de alguns Muçulmanos, mas sim: o que é
que vocês sabem sobre o Islamo?
É uma honra para mim ter esta oportunidade
e gostaria de começar por dizer que todos vocês têm
uma responsabilidade igual... E que essa respons-
abilidade é ler ou ouvir – com o coração e a mente
abertos.
Num mundo cheio de preconceitos e condiciona-